Implicações das lesões oncológicas para o cuidado paliativo de enfermagem: revisão integrativa

Abstract

Com a mudança no caráter epidemiológico das doenças, a doenças não transmissíveis ganham destaque em âmbito mundial, com destaque para o Câncer. Somente para o Brasil, no Biênio 2017-2018 são esperados 600 mil novos casos de câncer para cada ano, excluindo o câncer de pele não melanoma. Cerca de 5 a 10% dos pacientes com diagnóstico de câncer irão apresentar lesões oncológicas em fase final, sendo o cuidado paliativo a melhor opção terapêutica para esse paciente. Essas lesões possuem sinais e sintomas bem característicos e que de certa forma trazem implicações para a vida do paciente, dos familiares e dos profissionais de saúde que irão prestar o cuidado. Esse estudo tem como objetivo discutir quais as implicações que as lesões oncológicas trazem para o cuidado paliativo de enfermagem. Trata-se de uma revisão sistemática, realizada nas bases de dados: Scielo, Medline, Lilacs, Bdenf e Coleciona SUS. A escolha dos descritores partiu da seguinte pergunta: como os sinais e sintomas das lesões oncológicas trazem implicações para o cuidado paliativo de enfermagem? Foram selecionados dez artigos para a avaliação inicial. Dois artigos foram excluídos por se tratarem de uma tese, um artigo foi excluído por não estar disponível e um artigo foi excluído por estar duplicado. Posteriormente, a partir de uma análise quantitativa e uma leitura compreensiva, os artigos foram organizados em duas categorias de acordo com o seu tema central. As categorias são: lesões oncológicas – sinais e sintomas e cuidados paliativos de enfermagem em lesões oncológicas. As lesões oncológicas apresentam sinais e sintomas característicos como: prurido, dor, exsudato, sangramento e odor. Esses sintomas trazem diversas consequências para a vida pessoal, social e psíquica do paciente, e se estendem do campo físico para o campo subjetivo. Devido às próprias características do crescimento tumoral e das lesões, o crescimento celular e a evolução para a cura não é o objetivo a ser alcançado, sendo o controle dos sintomas e a melhor qualidade de vida a meta e a prioridade no cuidado a esse paciente. Devido a isso, a falta de informação e conhecimento sobre as metas que devem ser alcançadas no cuidado a esse paciente, a própria característica e evolução dessas lesões e os princípios dos cuidados paliativos levam a um sentimento de incapacidade e impotência ao enfermeiro. O incentivo à discussão acerca das lesões e dos cuidados paliativos durante a graduação e no âmbito hospitalar. A ampliação do conhecimento gera um cuidado mais efetivo e individualizado.